29 de out. de 2010

Messias contra as utopias

Messias e espera são coisas imanentes ligadas... Em Segundo Advento os X-mans esperam o messias da raça mutante, mas, por que diabos sempre se espera um messias que está no futuro? E esta imagem é muito presente, pois, o messias vem literalmente do futuro. A fé no progresso é fé no messias vindo do futuro.
Mas, esta espera não é uma utopia. Ela é fruto da incapacidade de tomar as rédeas da vida. A utopia impeli a busca e espera do messias é estática. A religião cristã vive sem utopias e a espera do messias é o norte do futuro.
E o cristianismo tem nas utopias um inimigo, a teologia da libertação foi extirpada do catolicismo, o comunismo. O mundo melhor não pode ser buscado, ele é um presente do messias.
Mas, se este mundo do messias não for o mundo perfeito para os homens?
A espera é sem sentido, o sentindo está no caminho da utopia...

4 de out. de 2010

Simulacro de Alteridade


Uma estudante de medicina, em sua residência, foi alocada na maior emergência hospitalar de seu estado. Nas primeiras horas se deparou com 3 baleados e 2 esfaqueados, todos em estados gravíssimos... Ao final do dia ligou para seu orientador e pedira pra trocar de hospital por que não queria mais este tipo de situação.

É muito estranho um médico que onde ele é mais necessário, resolve não ser o herói, escolhe o caminho mais calmo e conveniente; Eles deveriam tentar salvar vidas até mesmo quando tudo diz que é impossível, mas, a maioria escolhe a profissão por conta do prestigio do cargo, poder e uma boa remuneração; lamentável...

Mas, de maneira semelhante se encontram os heróis. O Homem-Aranha já desistira de ser herói algumas vezes, Super-Homem já se tornara ditador, Ciclope e a Fênix já tentaram ser um casal normal. Uma vez que a escolha de ser herói é uma escolha pelo poder.

Os vilões se diferenciam por não entender o poder exercido pelo imaginário, eles só entendem o poder em sua estreita relação mundana, onde o endeusamento no imaginário é uma construção inexistente.

Mas, tudo isto é uma questão de escolhas feitas pela cultura ocidental que de tão centrada no individuo a alteridade heróica se torna simulacro para exercer poder. Médicos e Heróis são escolhas para si, em sua grande maioria dos casos, seus objetivos são ser-para-si e ponto final.