27 de mar. de 2011

Vereda

Vivemos sob signos que nós impelem a determinadas formas de felecidades, aceitamos tal como eles se apresentam por força do concenso. Negamos sua armadilhas, somos complacentes, não atinamos os perigos, negamos a nossa própria astúcia. O concenso é o perigo, é o relampejar de um momento de perigo. É uma auto-negação, é desperdiçar a si mesmo.

Esses signos do concenso acabam por determinar o sentido de nossas experiências. Acabam por dizer que vivemos em etapas, que devemos viver em etapas, que é impossível viver sem etapas. Cada momento já tem seus significados pré-estabelecidos, acabar a universidade é uma vitória, amadurecer é ser bem comportado.... Enfim, ver este filme se torna muito tedioso, uma vez que o final é revelado no começo da narrativa por todos os outros espectadores.

Fugir disto é a vilania, é o ato das sombras. A vida a contrapelo é fuga destes signos pré-moldados as nossas experiências. O caminho do herói é o conformismo, precisamos pensar em trilhar o caminho dos vilões, o caminho da experimentação, é preciso passar de um para o outro. O caminho é o que interessa, assim como o equilibrista que não cai da corda bamba por está em movimento. O movimento é fundamental para estar e não ser, para negar ao concenso o controle de nossas cartografias.

Por isso o vilão e o herói precisam intercambiar os caminhos. Por isso nós precisamos ser o caminho.