"Ele gostaria de deter-se para acordar os mortos e juntar os fragmentos.Mas, uma tempestade sopra do paraíso e prende as suas asas com tanta força que ele não pode mais fechar-las" (Walter Benjamin, Teses sobre o conceito de História)
29 de out. de 2010
Messias contra as utopias
4 de out. de 2010
Simulacro de Alteridade
Uma estudante de medicina, em sua residência, foi alocada na maior emergência hospitalar de seu estado. Nas primeiras horas se deparou com 3 baleados e 2 esfaqueados, todos em estados gravíssimos... Ao final do dia ligou para seu orientador e pedira pra trocar de hospital por que não queria mais este tipo de situação.
É muito estranho um médico que onde ele é mais necessário, resolve não ser o herói, escolhe o caminho mais calmo e conveniente; Eles deveriam tentar salvar vidas até mesmo quando tudo diz que é impossível, mas, a maioria escolhe a profissão por conta do prestigio do cargo, poder e uma boa remuneração; lamentável...
Mas, de maneira semelhante se encontram os heróis. O Homem-Aranha já desistira de ser herói algumas vezes, Super-Homem já se tornara ditador, Ciclope e a Fênix já tentaram ser um casal normal. Uma vez que a escolha de ser herói é uma escolha pelo poder.
Os vilões se diferenciam por não entender o poder exercido pelo imaginário, eles só entendem o poder em sua estreita relação mundana, onde o endeusamento no imaginário é uma construção inexistente.
Mas, tudo isto é uma questão de escolhas feitas pela cultura ocidental que de tão centrada no individuo a alteridade heróica se torna simulacro para exercer poder. Médicos e Heróis são escolhas para si, em sua grande maioria dos casos, seus objetivos são ser-para-si e ponto final.