Os discos voadores chegaram e nesse mesmo dia os mortos voltariam a vida, poucos minutos depois os deuses entrariam em guerra, antes que essa guerra acabasse os animais contariam histórias ao homens, ao mesmo tempo as montanhas se cansariam de suas posições e virariam, antes delas completarem os movimento, os computadores se revoltariam e as telas diriam o que deveríamos fazer. Mas, eu nem ficaria sabendo, pois estava no meu quarto, sem fazer nada, só esperando ela ligar[1]
A história que vivemos não é necessariamente a dos grandes movimentos, assim como o disco voador não foi visto, talvez não tivemos medo do comunismo, da bomba nucelar ou dos ditadores latinos americanos. Vivemos com os sorrisos, com as lagrimas de quem nos é próximo e com quem para o bem ou para mal nos importa. A História só existe, então, no encontro ou no desencontro.
[1] Adaptado do poema “Quando os discos voadores chegaram” de Neil Gaiman no livro: Coisas Frágeis 2
Ótimo texto. Não conheço a obra de Neil Gaiman, vou procurar me informar.
ResponderExcluirSobre a análise, realmente quase nunca somos protagonistas da história, mas isso não tira nossa importância enquanto atores sociais. A História é construída pelo conjunto da atividade humana.
Abraços
somos sempre protagonistas da história. A questão é se estamos dentro ou fora dos grandes movimentos?
ResponderExcluirAcredito que na História, enquanto narrativa, é bem mais fácil participar dos "grandes movimentos" do que ser protagonista. É bem mais fácil "sentir medo do comunismo" do que dar um golpe de Estado. Bem mais fácil "sentir medo da guerra nuclear" do que autorizar a destruição de uma cidade.
ResponderExcluirachei muito lindo esse poema... quero muito ler esse livro :)
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