18 de jun. de 2010

Subversão. Ato Sem Fim





Batman the Dark Kingnight, Watchman, Guerra Civil… Diante do crepúsculo, do próprio apocalipse, disseram sim e saíram vitoriosos, sobreviveram. Mas, é diante do fim de tudo que Evangelion se destaca, Shinji diz não, mesmo que tudo acabe. É na subversão do desejo de sobrevivência que as veredas do herói se mostram, Shinji não vai salvar ninguém e é por isso que ele diz Não, por isso que ele se difere dos demais heróis.

Subvertendo até mesmo a sexualidade, uma vez que o anjo que se apaixona por Shinji tem forma masculina. A conquista do amor em Evangelion é a pura subversão, uma vez visto que a obra é elaborada e desenvolvida na tradicional sociedade japonesa.

Subverter a ordem é caminho do herói, é a vereda que mais interessa. O herói deve salvar, mas, é a própria ordem que ameaça. É nesse mundo que é preciso lutar, não para salva-lo, mas, para mudá-lo. Sem procurar as armadilhas da felicidade que sempre se mostram fáceis, as escolhas parecem obvias, mas, não são.

A escolha final de Shinji é a escolha da total felicidade através da deformação total da forma humana, mas, a sedução da felicidade não é suficiente para convencer o nosso herói, uma vez que uma vida sem seus elementos como dor e tristeza.

A salvação só pode residir na vida total, com amores e ódios, alegrias e tristezas. Menos que isso é melhor o fim de tudo, por isso, Shinji diz Não.

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