21 de mar. de 2010

Heroísmo pós-moderno no cinema

As primeiras adaptações de HQ (Histórias em Quadrinhos) para o cinema acabaram por ser malogradas. Porém, a primeira adaptação de X-men e principalmente Spider-man consolidaram as adaptações na indústria cinematográfica.
Segundo Gilles Lipovetsky, em O Império do Efêmero, a nossa sociedade vive em uma valorização do novo, por conta disso o padrão das adaptações tiveram que buscar novos rumos. Então Hollywood passou a olhar não apenas para os super-heróis, mas, passou ressignificar os super-heróis; como também passou a olhar para as HQs que não são de super-heróis. Entre as novas adaptações duas nos chama atenção em especial: Batman: The Dark Kingnight e Wacthman.
Um herói que recebe o título de cavaleiro das trevas de fato é no mínimo diferente, Batman, recebendo esta alcunha se torna o protótipo do herói pós-moderno. Solitário, traumatizado, valorizando em demasia os avanços tecnológicos e uma situação de inversão dos valores tradicionais dos super-heróis.
Em The Dark Kingnith, Batman se ver em confronto com o Coringa, porém, a nova roupagem do arqui-vilão trouxe um personagem reto em sua moral, inteligente, audaz, carismático e a cima de tudo incorruptível (qualidades digna de qualquer herói). Para vencê-lo, Batman tem de se corromper. Suas atitudes ao final do filme: suspensão de liberdades (através de uma maquina ele controla os conteúdos das ligações dos celulares da cidade), culminado em uma mentira para a população (Assumindo um crime que ele não cometera). Assim Batman assume características de um ditador, dentro do modelo platônico.
A grande questão é que o público passa a aceitar este tipo de heroísmo, a ética da utilidade passou a ser marcas dos heróis e não dos vilões. “Os fins justificam os meios” passou a ser o lema do heroísmo para o Batman e mais ainda em Watchman.
Em breve eu posto alguma coisa sobre Watcman.

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