30 de ago. de 2010

Quem sempre quer vitória perde a glória de chorar


Um filme de Kung-fu que os personagens evitam o confronto, mesmo que em sua arte marcial exista até mesmo a possibilidade de dominar as forças da natureza. O último mestre do ar narra essa história de ação zen, onde vencer o inimigo não é criar o derrotado. O filme não foi muito bem com a critica americana.

A sociedade americana é a sociedade do vitorioso, é preciso vencer a qualquer custo. Mas, a vitória é para fugir do derrotado, do Loser. Então, O último mestre do ar não consegue emplacar.

No filme em questão não se trata de vence ou perder, a questão é transformar, Ang (o Herói em questão) é o maior dos poderes, mas, mesmo assim não o usa de maneira imperativa.

A filosofia zen não é o caminho para a sociedade performática, e ainda mais no cinema que a performance é parte quase totalitária da obra. O filme, então, passa a seguir na direção oposta em uma rua de mão única.

O caminho do herói passa a ser a mudança, mudar a arrumação da ordem do mundo não será apenas vencendo no sistema, mas, sim vencer o sistema. E o sistema-mundo que precisa ser destruído é o da força. O poder não pode ser argumento é por isso que Ang se torna um herói impar, mesmo que as vezes ainda precise de seus poderes.

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