19 de jul. de 2010

Dentro do Capuz

"Mas você e eu, nós já passamos por isso,
E este não é nosso destino.
Então, vamos parar de falar hipocritamente,
Está ficando tarde." (Bob Dylan)


Eles vigiam as ruas, estão à espreita para salvar ninguém sabe quem de qualquer perigo que não se sabe qual... De modo geral os heróis tal como se apresentam hoje não têm planos ou projetos, isso é o que os distanciam da humanidade. Vivemos traçando projetos que nunca se completarão, onde a vida deveria ser o maior dos pesos.

Os heróis saem de suas casas indo atrás de alguém para salvar, O Outro para o herói é apenas a vítima. Não existem projetos sem O Outro, uma vez que a dimensão dos que nos rodeiam deveria ser o principal. Mas, você poderia dizer e o altruísmo dos heróis? Ele não existe.

Ao balançar suas redes pelas ruas o Homem-Aranha deve ver mendigos, crianças de rua... E o que ele faz? Continua atrás de vítimas para serem salvas. O que importa para os heróis é vítima e não o outro.

É por isso que a máscara é necessária, pois, o primeiro Outro é o Eu. O Eu então está sufocado atrás da máscara, e esta troca é necessária para conseguir coisificar um rosto. A criação da máscara do herói é uma coisificação que nunca poderia ser o rosto do homem por de baixo do capuz.

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