9 de dez. de 2011

Contradições


“Cante mais uma vez comigo
Nosso estranho dueto
A beleza da sua voz
E a força da minha dor”
(Fantasma da Ópera)

Uma cantora lírica, voz sua suave, técnica, perfeita. Um cantor de rock, vigoroso, ousado, emoção mais que técnica. Um musical clássico, popular, conhecido por todos. Desta vez subvertida, por arranjos pesados de guitarras distorcidas, marcado por uma linha de baixo e uma bateria encorpada, apenas alguns toques de teclado para não esquecermos que se trata do Fantasma da Ópera.
Tudo um tanto inusitado, aos olhos que de longe vêem, tudo fazendo sentido para que acompanha de perto. O dueto da força e da beleza, talvez poucas vezes fez tanto sentido.
Quantas e quantas vezes vamos ter nos surpreender com as diferenças que somam para construir o belo? A beleza do outro está justamente em ser o outro. A oposição, a contradição são invenções e não inventos. Criamos todos esses lugares. Mas, para que eles nos servem?
Caminhos que partem direção opostas, mas que se encontram. Afinal o mundo é redondo. Encontros ao acaso entre forças diferentes. Dor e beleza, força e delicadeza. Caminhos que se somam.
A lógica não é dada a priori , assim como a beleza destes encontros inusitados. Acasos que seguem, na busca de caminhos alternativos.


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