18 de mai. de 2010

Acordando para o infinito



Morpheus, Sandman, Lorde Modelador, Sonho. “Conheces todos os nomes que te deram, tu não precisas conhece o que tu tens” (Saramago, Todos os Nomes). Sandman, o sonho em pessoa, é uma das psiques mais complexas produzidas nos quadrinho não podemos entendê-lo tal como ele é, podemos apenas criar interpretações sobre o Sonho.

E dentre os nomes dados ao Sonho o que me chama mais atenção é de Lorde Modelador, pois, se não é o sonho o modelador de nossos mundos o que mais seria? Dos irmãos Perpétuos é o que mais visitamos, tendo em vista que Destino e Morte sempre estão conosco. Sonhamos, visitamos o Lorde Modelador e depois já não somos mais os mesmo. O sonho é travessia.

O ser humano deixa de ser trágico e passa a ser épico no coração do sonhar. Sonhar é acordar para o infinito. Pois, ao olharmos nos olhos do Lorde Modelador é possível ver o brilho do cosmos, que são estrelas que brilham para nos alegrar apenas quando morrem e renascem na vastidão do espaço que é tudo, mas, tão distante para os homens que se transforma no nada.

O Sonho era muito próximo a Desejo, irmãos que consideravam os seus reinos vizinhos em outro tempo. Quando na verdade não são, sonhar é fim em si mesmo enquanto o desejar compele os seres humanos a saciar o desejo. Esta relação é explorada em até mesmo em tons de vilania ao decorrer de Sandman.

Sonhar é buscar o infinito, não para possuir, mas, para dançar com as estrelas a dança do cosmo.

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